Vendido comumente em feiras livres e consumido nas cozinhas do sertão baiano, o licuri, o coquinho típico da caatinga, vem rompendo as fronteiras do semiárido. Há uns quatro anos, ele começou a entrar de forma bastante atrevida no mercado nacional. Graças à força de cooperativas e políticas públicas, o produto passou a ser enaltecido como uma jóia regional e, daqueles artesanais e nostálgicos colares de licuri, tem se apresentado agora como matéria-prima para cerveja gourmet, ingrediente de pratos de restaurantes chiques da Bahia e componente de cosméticos de marca de luxo
Eternizado na frase que corre na boca dos baianos — “eu sou eu e licuri é coco pequeno” —, ele vem mostrando que, a despeito do tamanho, tem grande potencial para estar lado a lado com outras oleaginosas brasileiras, como a castanha-do-Pará e castanha de caju. No entanto, a cadeia de produção ainda requer muita proteção institucional e liga alerta para combate a possíveis novas formas de exploração e bio-espionagem. Continue lendo........