A partir da zero hora da próxima quarta-feira, 30 de maio, a categoria petroleira vai parar. Uma mobilização de 72h será realizada em âmbito nacional pelos trabalhadores da companhia.
Os principais eixos do movimento são a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, a manutenção dos empregos, a retomada da produção das refinarias, o fim das importações de derivados de petróleo, não às privatizações e ao desmonte do sistema Petrobras, além da demissão de Pedro Parente, atual presidente da companhia.
Desde que assumiu o cargo, em 2016, Parente adotou, de acordo com as cotações internacionais do barril de petróleo, uma nova política de preço dos combustíveis (Clique aqui e entenda melhor), além de reduzir drasticamente a carga de refino do país, que processa atualmente somente cerca de 68% da sua capacidade instalada. A Refinaria Landulpho Alves, por exemplo, opera hoje com apenas 53% da sua capacidade.
A mudança na política de preços é a responsável pelos aumentos abusivos do preço dos combustíveis e gás de cozinha.
Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirma que a paralisação é um ato de alerta e que a greve nacional por tempo indeterminando já foi deliberada pela categoria e pode ser deflagrada a qualquer momento.
Para a direção do Sindipetro Bahia, a categoria petroleira por todo o histórico de lutas e pela importância da Petrobrás como empresa pública, com responsabilidade social, tem um compromisso com o povo brasileiro e com o estado democrático de direito. “Não se trata de defender apenas os interesses dos petroleiros, nós estamos defendendo o interesse de mais de 200 milhões de brasileiros”.
Essa é a nossa luta. É a sua também?
Histórico - No Plano de Negócios e Gestão (PNG) da petroleira entre 2007 e 2011, a estratégia era “liderar o mercado de petróleo, gás natural, derivados e biocombustíveis na América Latina, atuando como empresa integrada de energia, com expansão seletiva da petroquímica, da energia renovável e da atividade internacional”.
A partir do governo Temer e da gestão de Pedro Parente, essa política foi, porém, alterada, dando lugar a uma visão curto prazista e subalterna na disputa geopolítica. Mais grave do que a redução dos investimentos é a política de venda de ativos intensificada por Parente. Segundo informou a Petrobrás no seu último PNG, a meta de desinvestimentos para o biênio 2017-2018 foi de 21 bilhões de dólares.
Fonte: Sindipetro Bahia