
A seca que atingiu cerca de 250
municípios na Bahia deixando marcas profundas na natureza, na vida das pessoas
e dos animais, continua deixando marcas profundas em nossa região. Para que
você entenda do que estamos falando será preciso trilhar algumas linhas, as
quais no levarão ao distrito de Pedras Altas do Mirim, que trabalha o seu
processo de emancipação política. A localidade que entrou para o rol dos 20
distritos que poderão passar a ser cidade na Bahia, tem pela frente alguns
desafios nesse processo, primeiro registrar em seu território a ser
oficializado pela Comissão Territorial da Bahia, a quantidade de
aproximadamente 9 mil pessoas. Há quem confirme que passará disso, há também
aqueles que não acreditam nessa possibilidade.

Mas enquanto esse momento de
oficialização não chega, Pedras Altas do Mirim, integrante do território de
Capim Grosso, tem pela frente mais uma batalha para ser solucionada, a do Rio
Itapicuru Mirim, que registra um dos momentos mais críticos da sua história. A
falta de chuva na região, o fechamento das comportas da barragem, que passou a
ser responsável pelo abastecimento da adutora do sisal, com aproximadamente 200
mil pessoas abrindo a torneira todos os dias, a situação do rio é vista como um
dos grandes problemas ambientais da região na atualidade, mesmo porque além da
falta de água, o rio está sendo atingido por esgotos provenientes de Pedras
Altas, tudo por conta da falta de uma estação de tratamento adequada para
evitar danos à população e à natureza.
Como as comportas não serão
abertas para alimentar o rio e com isso devolver a esperança de dias melhores
às comunidades ribeirinhas formadas entre o distrito de Pedras Altas e o município de Queimadas, numa extensão de
60 km, com uma população estimada de 10 mil pessoas, é chegado o momento de
pensar na revitalização do rio, para quando a água for liberada das comportas
do céu ou da barragem, poder receber um maior volume do líquido que gera vida
por onde escorre e com isso poder saciar a sede de muita gente, incluindo animais
e plantas.
De acordo com relatos, há trecho
do rio que a lama está exalando um odor muito forte, o que vem prejudicando
ainda mais a vida das pessoas e dos animais. Na região do balneário, um dos
pontos turísticos de maior badalação na região, a situação não é diferente.
Onde a água cristalina refrescava a vida de muita gente, hoje é uma deslocação
só. Tudo secando, se esvaindo, morrendo mesmo. Um cenário que deixa o coração
de quem representa Pedras Altas sagrando.

O Rio está morrendo amigo! Tem alguém aí para me ajudar?
Texto: Arnaldo Silva/Fotos: Valdick de Pedras Altas.
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